Como incluir o Stakeholder no planejamento tático da empresa?

Por natureza, as atividades de uma empresa atraem pessoas e entidades que demonstrarão interesses em seus projetos, por isso o stakeholder no planejamento tático é de suma importância. Visto que o mercado em é uma entidade de ampla influência, faz todo sentido pensar nos interessados nos projetos da empresa em primeiro lugar.

O stakeholder deve ser incluído na empresa para assegurar que seus interesses sejam considerados e atendidos durante o processo de tomada de decisão.

Obviamente, todos os setores e ações de uma empresa são importantes, mas como suas metas são diferentes e atingem muitas pessoas, o stakeholder no planejamento tático não pode ser deixado de lado de forma alguma. Contudo, entender que os stakeholders correspondem só aos clientes seria um erro.

Igualar stakeholder com cliente é reduzir demais o conceito e abrangência deles. É por isso que existem vários tipos de stakeholders que devem ser levados em consideração no seu planejamento tático. No artigo de hoje você vai conhecer 8 tipos de stakeholders diferentes para aplica na sua empresa.

A importância disso está no fato de que toda empresa, não importa o tamanho, viver de relacionamentos com clientes, consumidores, organizações e outros indivíduos ou grupos. Alguns relacionamentos serão mais curtos, outros terão longo prazo, e por esse motivo o planejamento é vital, pois todas as operações da empresa devem ser pensadas e analisadas sobre o peso da participação dos agentes interessados.

Conheça a seguir o que são os stakeholder no planejamento tático de uma empresa e aprenda quais são os tipos e como identificá-los. Veja também por que você deve conhecê-los para crescer a sua empresa. Confira agora!

Qual a importância dos stakeholders no planejamento tático?

Já que existem diferentes tipos de stakeholders, é necessário posicionar cada um deles. Alguns grupos terão mais peso e logo receberão prioridade nas ações, cujo objetivo é evitar ou diminuir crises eventuais, ou otimizar o relacionamento com os públicos-alvo.

Para não haver falha, é necessário utilizar ferramentas que armazenam as informações coletadas sobre cada um deles. Essa inteligência de relacionamento deve ser feita com frequência e com padrão, para que a empresa saiba como reagir quando é preciso ou prevenir qualquer problema no futuro.

O que são os stakeholders?

Podemos definir como stakeholders todas as pessoas (ou organizações) que possuem qualquer grau de interesse nas atividades de uma empresa. Por essa definição, podemos desmembrar o grupo em:

  • Colaboradores;
  • Diretores;
  • Acionistas;
  • Fornecedores;
  • Concorrentes;
  • Clientes;
  • Sindicatos;
  • Investidores;
  • Órgãos públicos;
  • ONGs;
  • Órgãos da imprensa.

Perceba como cada um desses indivíduos ou grupos podem ser afetados pelas ações de uma empresa e vice-versa. Afinal, uma empresa deve cuidar, por exemplo, de sua relação com os acionistas, mas também fazer de tudo para manter os colaboradores e diretores em boas condições de trabalho e motivados.

Perceba também como cada um dos grupos descritos acima possui interesses diferentes na relação com uma empresa. Por exemplo, o interesse dos acionistas difere dos interesses dos sindicatos, o interesse dos órgãos públicos difere dos interesses dos clientes e o interesse dos diretores difere dos interesses das ONGs.

É claro que em alguns casos os interesses de diferentes grupos podem convergir, o que irá impeli-los a trabalharem juntos por um objetivo comum. Mas, normalmente, esse é um caso temporário de funcionamento do mercado.

Entendendo os tipos de stakeholder

Um grupo tão abrangente de pessoas e organizações certamente não cabe no mesmo molde. Por isso, é necessário entender quais são os diferentes tipos de stakeholder.

Dentro do planejamento tático eles são definidos pela sua legitimidade, poder de influência e nível de urgência.

  • Arbitrário: não detém poder de influência na empresa, embora seja legítimo;
  • Adormecido: consegue influenciar, mas não possui legitimidade nem poder;
  • Reivindicador: tem urgência, mas não tem poder nem legitimidade.
  • Dominante: ele possui grande influência legítima;
  • Dependente: possui urgência e legitimidade, contudo, depende do poder de outros agentes para fazer seus interesses valerem;
  • Perigoso: não possui legitimidade, mas conta com poder e urgência;
  • Definitivo: que possui às três qualidades juntas: poder, legitimidade e urgência, e a do perigoso, que tem poder e urgência, mas nenhuma legitimidade.

Conhecer a fundo os tipos de stakeholders é crucial para o sucesso do seu negócio. Afinal, para tomar as decisões corretas na sua empresa é preciso entender os fatores que afetam e que são afetados pela sua empresa, caso contrário, você tomará ações equivocadas, que irão apenas levar a despesas, sem um retorno minimamente satisfatório para a saúde financeira do negócio.

Identificação de stakeholder

Outra parte importante é a identificação dessas pessoas ou grupos por interesse e atuação. De uma forma sumarizada, podemos dizer que há os agentes internos e externos, entenda mais deles a seguir:

– Stakeholders internos:

Os internos são aqueles que estão inseridos nos processos internos de uma empresa como os colaboradores.

O planejamento deve contemplar cada um e buscar novas ações para aprimorar o relacionamento entre eles e os líderes. Assim, os diretores também são considerados stakeholders internos, por exemplo.

– Stakeholders externos:

Por exclusão, podemos dizer que os externos correspondem a todas as pessoas e entidades que não trabalham, mas que gravitam no ambiente externo à empresa. Dois exemplos são a imprensa e os fornecedores.

Qual o mais importante? interno ou externo?

Na hora de posicionar cada stakeholder no planejamento tático da empresa, uma dúvida comum surge: quais agentes têm mais peso?

Há controvérsias acerca de qual traz mais valor a uma empresa. Alguns especialistas afirmam que os clientes e prospects são os maiores stakeholders de um negócio, afinal, são eles quem consomem, divulgam e trazem lucro para a empresa.

Mas, há também aqueles que defendem que os internos são mais importantes, pois sem a ação diária deles, a empresa não estabeleceria processos de qualidade, o que prejudicaria o funcionamento diário do empreendimento, impedindo de conquistar clientes no mercado.

De fato, o interesse do stakeholder interno é mais fácil de identificar, pois eles dependem, financeiramente, do funcionamento da empresa e trabalham para isso. O mais importante é entender que o interesse interno deve refletir no externo e que o planejamento deve contemplar a todos, em um ciclo perfeito.

O equilíbrio entre os diferentes tipos é ideal, afinal de contas, um consumidor não consegue o produto que precisa caso os colaboradores não trabalhem para construir algo para essa solução. Da mesma forma, não há razão para a produção de uma mercadoria se não houver o interesse de alguém em adquiri-lo.

Porque conhecer os stakeholders de sua empresa?

Todas as atividades de uma empresa devem se alinhar com interesses. Se você os conhece, poderá manejar cada agente no seu planejamento tático.

Porque conhecer os stakeholders de sua empresa
Fonte/Reprodução: original

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Na prática, agir contra o interesse dessas pessoas e grupos pode afetar terrivelmente a empresa, tanto na gestão financeira quanto na sua própria imagem.

Cada projeto e política deve ser correspondida com os valores da empresa, passados estrategicamente para cada agente de atuação desde o começo. Por exemplo, se uma empresa passa a usar determinadas táticas de marketing que não condizem com seu posicionamento e valores, as suas ações podem cair.

Realizando priorização dos stakeholders

A depender de fatores como urgência, legitimidade e poder de influência, a prioridade do stakeholder no planejamento tático da empresa pode mudar de um para o outro. Para isso, nós recomendamos que você utilize a seguinte ordem de prioridade: primários, secundários e excluídos.

Os stakeholders internos devem ser os primários, embora seja preciso reconhecer que nem toda empresa os vê assim. A prioridade deve ser dos colaboradores e diretores, pois eles têm ganho direto com a empresa e estão comprometidos com seu sucesso. Sem eles, não há produto ou serviço que vá para os demais.

O grupo secundário é constituído de todos aqueles que podem ser afetados pela empresa, ainda que de forma indireta sem atuar diretamente dentro dela.

Por fim, no grupo dos excluídos, devem estar todos aqueles que não possuem nenhum impacto na empresa ou em seus projetos. Em alguns casos, os interesses e a influência mudam com o tempo, por isso, a inteligência de mercado é de extrema importância para que o planejamento em relação a eles sejam sempre atualizados.

Como fazer gestão de stakeholder no planejamento tático?

Após reconhecer o que são stakeholders, seus tipos e sua importância, é preciso entender como gerir os interesses de cada um no planejamento tático, já que isso tem consequências tanto positivas, como negativas.

Para fazer gestão, é necessário ter uma abordagem parecida com as ações de qualquer setor da empresa. Em primeiro lugar, é preciso identificar quem são as pessoas e grupos mais interessados no sucesso da empresa. Depois, a tática é ordenar por prioridade, grau de influência e legitimidade.

Em seguida, é necessário estabelecer e estreitar o relacionamento para alinhar os interesses, pois essa etapa é de extrema importância para a prosperidade e resiliência em um negócio.

Por fim, como em qualquer atividade empresarial, resta fazer o monitoramento dos resultados, isto é, do grau de aceitação e satisfação dos stakeholders.

Conhecer esse conceito para a sua empresa é realizar um ato de consciência para saber que há interesses em todas as relações envolvidas e que, com o plano certo, sua empresa pode ganhar muito com isso!

O cuidado com os stakeholder internos é uma medida crucial para que as necessidades dos externos sejam atendidas de forma eficiente. Entender o papel de cada um deles, tanto os que atuam no interior de um negócio, como aqueles que orbitam ao seu redor, é crucial para a tomada de decisões, para que tudo flua de forma correta, rápida e com os melhores resultados possíveis!

Por isso, nós recomendamos que você estude bastante esse conceito aplicado na sua empresa. Somente assim que você poderá entender e elaborar estratégias eficazes de gestão para impulsionar os resultados do empreendimento.

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