Para entendermos como um negócio funciona, devemos conhecer muito bem certos termos técnicos da área de administração, e entre esses termos um dos mais importantes são o ativos e passivos empresariais.
Os ativos e passivos empresariais são ferramentas de importância ímpar para o funcionamento de uma empresa, e embora sejam relacionados propriamente a área da contabilidade, ainda assim os ativos e passivos englobam vários setores, talvez todos, que compõem a estrutura de um negócio. Então se você quer saber mais sobre ativos e passivos empresariais, continue com a gente no artigo abaixo!
Neste post, você verá:
Quais são os ativos e passivos das empresas?
Muito se fala sobre ativos e passivos empresariais em cursos e palestras sobre contabilidade e administração de empresas. Mas o que designam esses dois termos?
De modo resumido, apenas para servir como orientação, ativos e passivos empresariais significam a receita que a empresa tem (ativos) e suas dívidas contraídas (passivos).
É um resumo um tanto grosseiro mas que facilitará bastante toda a explicação posterior, e basta esse pequeno resumo para já termos uma ideia da importância desse par e como ele deve estar controlado para que uma empresa tenha uma vida saudável.
Os ativos de uma empresa
Ao analisarmos a distinção entre ativos e passivos empresariais definimos o ativo como receita, mas esse resumo é apenas um norte para o que iremos analisar mais profundamente a seguir.
Ativo não é apenas a receita que uma empresa recebe daquilo que produz, seja um bem ou serviço. É isso, mas no termo também está englobado outros valores importantes como: todo e qualquer patrimônio da empresa seja frota, imóveis e móveis, capital inicial, saldo em contas da empresa e seus proprietários, dívidas que a empresa irá receber, possíveis benefícios governamentais, aplicações e investimentos da empresa, etc.
Tudo isso é ativo, seja um ativo atual – uma quantia monetária de fato, ou um ativo em potencial.
Principais ativos empresariais
Agora que já entendemos conceitualmente o que são os ativos empresariais, vamos entender o que de fato pode ser nomeado um ativo para empresa em seu dia-a-dia!
- Dívidas de clientes;
- Quantia em caixa ou em saldos digital;
- Imóveis, móveis e automóveis;
- Produtos que a empresa tem em estoque;
- Softwares que a empresa possa ter desenvolvido (ou comprado);
- Maquinários e dispositivos eletrônicos.
Esses são apenas alguns exemplos daquilo que podemos nomear como ativos concretos de uma empresa.
Análises de ativos de uma empresa e sua importância
Após a conceituação e exemplificação dos ativos já podemos supor a importância desses itens para uma empresa. Não é por acaso que os ativos receberam esse nome que evoca uma ação, pois de fato toda a atividade da empresa depende deles, e qualquer deficiência grave nos ativos leva fatalmente a empresa à falência.
Como gerir a venda de ativos da empresa?
Os ativos têm uma natureza bastante diversa como podemos observar. Indo desde dívidas de clientes até imóveis ou maquinários. Isso abre a possibilidade de vender alguns desses ativos para que o capital da empresa aumente.
Mas para vendê-lo é necessário uma reflexão profunda da atual situação da empresa e de como ela ficará após perder alguns de seus bens. Por isso, um gestor deve estar muito bem informado sobre a atual situação de seus ativos e passivos empresariais antes de tomar a iniciativa de realizar a venda de alguns desses ativos.
Nesse caso é necessário muita ponderação, investigação e uma análise muito criteriosa dos recursos da empresa.
Ativos no Balanço Patrimonial
Os ativos e passivos empresariais como o que estamos analisando aqui na verdade fazem parte do escopo da contabilidade. Ao realizar o Balanço Patrimonial os profissionais contábeis analisam todo ativo e todo passivo, e em sua conclusão dão a real situação financeira da empresa.
Ora, sem esse Balanço Patrimonial que se baseia nos ativos e passivos empresariais de um negócio a empresa está literalmente no escuro. Ela não sabe se está lucrando ou não, se suas ações estão sendo bem-aventuradas em manter a empresa com um saldo positivo, ou se até mesmo está perdendo dinheiro e tendo um péssimo resultado.
Essa análise não é importante apenas para a empresa mas também para seus possíveis sócios ou investidores, pois ninguém quer colocar seu dinheiro em um negócio que está fracassando ao invés de prosperar.
Ativos circulantes
A ideia de ativos e passivos empresariais é tão vasta que pode se ramificar em várias definições, e um administrador ou gestor deve estar suficientemente informado sobre todas elas para que entenda de fato o que acontece com sua empresa em uma linguagem mais precisa e técnica.
Bem, uma das definições que descendem da ideia de ativo empresarial é a de ativo circulante.
O ativo circulante nada mais é do que um ativo que pode ser transformado em capital em um curto intervalo de tempo. Tomemos como exemplo a lista de ativos que citamos acima, e suponhamos que essa empresa tenha como ativos uma frota de automóveis e dívidas de clientes parceladas em 24 vezes.
Se essa empresa quiser o capital de ambos ativos em um intervalo de 1 ano, ela poderá vender seus automóveis se o mercado estiver favorável, transformando sua frota ou parte dela em capital atual. Mas o mesmo não podemos dizer das dívidas parceladas. Essas estão sujeitas ao tempo e só poderão ser totalmente resgatadas no intervalo de 24 meses.
Essa é a diferença essencial entre um ativo circulante e não circulante. Entre os ativos circulantes estão: matéria prima, caixa atual, mercadorias ou serviços que podem ser realizados atualmente, e outros que são muito fáceis de serem transformados em capital.
Ativos não circulantes
Acima tivemos uma exposição detalhada do que são ativos circulantes e ativos não circulantes. E para firmar a ideia dos ativos não circulantes, vamos conhecer alguns exemplos dessa modalidade:
- Investimentos de longo prazo;
- Propriedades intelectuais;
- Patentes;
- Dívidas sujeitas a um intervalo maior que de 12 meses;
- Alguns imóveis.
Esses são alguns dos ativos não circulantes mais comuns no mercado. Agora que analisamos bem o que são ativos financeiros, seguiremos para o que são os passivos. Nos acompanhe!
O que são os passivos empresariais?
Se ao definirmos ativos e passivos empresariais como receita e dívida, então já ficou presumida a ideia de que os passivos são os gastos contraídos por uma empresa. E embora os passivos sejam um assunto muito menos agradável que os ativos, ele ainda é parte importante da estrutura de um negócio e deve ser analisado com calma, responsabilidade e com igual dedicação.
Leia também: Diagrama de Ishikawa: como utilizar e como implementar na empresa?
Toda a empresa tem gastos e saída de seu capital, e boa parte das ações que uma empresa irá tomar depende de sua análise cuidadosa.
Há também inúmeras situações que uma empresa pode encarar, como a mudança para um novo ramo do mercado, em que o passivo financeiro deve ser analisado com rigor para que haja uma estimativa de até onde uma empresa pode ir sem estourar seu capital.
Quais são os passivos empresariais?
Assim como fizemos anteriormente a fim de realizar uma distinção clara do quais as diferenças entre ativos e passivos empresariais, também faremos com os passivos. Vejamos alguns exemplos clássicos do que são os passivos de uma empresa:
- Dívidas com fornecedores;
- Contas ordinárias como aluguel, energia e água;
- Seguros;
- Contribuições, obrigações, taxas, tarifas e impostos estatais;
- Pagamento dos funcionários e demais obrigações de um contrato de trabalho (como o FGTS);
- Pagamentos de possíveis empréstimos, investimentos e parcelas;
- Pagamentos de serviços contratados como limpeza, mecânica, assistência técnica, etc.
Com esses exemplos podemos ter uma visão bastante clara do que são os passivos de uma empresa, e basta um olhar atento sobre eles para presumir a importância de tê-los sob controle.
Passivo circulante da empresa
Assim como no caso do ativo empresarial, o passivo também pode ser distinguido entre duas categorias: o passivo circulante e o passivo não circulante.
E a ideia aqui é bastante parecida. Os passivos circulantes dizem respeito a passivos que devem ser pagos de modo imediato, geralmente com o intervalo de 12 meses, já os passivos não circulantes são passivos que serão cobrados daqui 1 ano. Vamos entender mais a respeito a seguir!
Contas a pagar
As contas ordinárias, ou contas corriqueiras, são um excelente exemplo de passivos circulantes, pois a maioria dessas contas tem um prazo de quitação de 1 mês. Entre elas estão:
- Contas de energia e água;
- Aluguel;
- Telefone e internet;
- Gasolina (para empresas que têm frota);
- Salário dos colaboradores;
- Impostos e obrigações contratuais;
- Benefícios salariais;
- Dívidas de cartões corporativos;
- Aquisição de matéria prima;
- Aquisição de bens.
Esses são alguns dos passivos circulantes mais importantes, as despesas diárias e cotidianas de todas as empresas.
Importância do passivo circulante empresarial
Ter o passivo circulante em dia é muito importante pois a maioria deles são referentes a serviços ou bens que a empresa deve adquirir muito em breve, não havendo margem para atrasos, pois atrasos podem significar uma perda monstruosa para a empresa, como um corte de energia, processos e multas.
Embora sejam muito importantes, talvez até mais importantes que os passivos não circulantes, por conta do imediatismo, aos passivos circulantes devemos dar subjetivamente menos atenção, porque raramente são esquecidos, e quando esquecidos são prontamente lembrados pela necessidade diária. Mas como iremos observar isso pode não ser assim para os passivos não circulantes.
Passivo não circulante da empresa
Se por um lado os passivos circulantes são muito importantes e urgentes, os passivos não circulantes também merecem sempre um cuidado especial e uma atenção cuidadosa.
E para ilustrar isso usaremos uma comparação, que qualquer um que já usou um cartão de crédito em seu nome irá entender: nós temos o péssimo hábito de prestar pouca atenção em dívidas que estão por vir, focando sempre nas mais urgentes e com menor prazo.
O que é um dado absolutamente normal, mas esse tipo de erro deve ser limitado ao máximo quando falamos de nossos negócios, pois uma empresa exige uma responsabilidade muito maior e há inúmeras ações a serem planejadas e executadas que dependem de uma análise de crédito muito cuidadosa.
Claro, tudo isso é de atribuição de profissionais de ciências contábeis, mas isso nunca exime um gestor de culpa por não ter dado a devida atenção a esse aspecto importante de sua empresa.
Exemplos de passivos não circulantes
Para condensar nosso conhecimento sobre o que são ativos e passivos empresariais, vamos conhecer por fim alguns exemplos de passivos não circulantes:
- Empréstimos realizados com banco ou financeiras (com quitação superior a 12 meses);
- Debêntures, que funcionam de modo bem parecido com empréstimos;
- Compras parceladas em mais de 12 vezes;
- Financiamentos;
- Possíveis processos ou ações trabalhistas;
- Caixa reserva para empresas emergenciais.
O último item da nossa lista é um ponto que chama bastante atenção e que merece cuidado. Veja bem, embora o controle de todos os ativos e passivos empresariais seja de máxima importância, nenhuma empresa está livre de imprevistos.
Então é muito importante que haja alguma caixa para despesas emergenciais e imprevisíveis como um maquinário quebrado, a necessidade ocasional de um advogado, um serviço especial a ser contratado, entre outras situações.
Analisamos suficientemente bem, ao menos de modo introdutório, o que significa de fato os ativos e passivos empresariais para as ciências contábeis. E agora você já está ciente da importância desses itens e de como eles funcionam no dia a dia empresarial!
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